segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Do barro ao vaso de honra

Gn 1:2 E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
A título de curiosidade, segundo alguns cientistas, a terra foi ‘criada’ há aproximadamente 4,54 bilhões de anos, e que os primeiros indícios de vida surgiram há 1 bilhão de anos. Claro que isso, assim como a teoria da evolução da espécie (eu não vim de um macaco), é pura ignorância teológica e espiritual. Mas também não é nessa linha de raciocínio que quero tratar.
Para que haja entendimento da Palavra de Deus são necessários dois agentes, duas pessoas: Nós que lemos, e do Espírito Santo que interpreta. A bíblia não é de pessoal interpretação. Por isso, abra seu entendimento e seu coração para esse paralelo que vamos traçar.
Deus tem propósitos em nossas vidas, e nossa criação tem um propósito, por isso é necessário questionarmos a Deus sobre os desígnios dEle para cada um de nós, mas questionarmos como crianças, na pureza e inocência, não questionando a Plenitude de Deus (Rm 9:20), mas confrontando a Palavra de Deus em nossas vidas para obtermos respostas.
No vers. 26, lemos sobre a criação do homem, e o primeiro propósito de Deus: Dominar– Sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, e sobre o gado, e sobre TODA a terra, e sobe todo réptil que se move sobre a terra. Nos criou para frutificar e multiplicar(v.28), nos criou para termos intimidade e comunhão com Ele (Gn 3:8 – Deus vinha falar com o homem na viração do dia), para que Ele fosse louvado.
Mas ai veio o diabo com seu propósito de matar, roubar e destruir (Jo 10:10), veio trazer o pecado da desobediência, mesmo porque todo pecado converge para a desobediência. E ali foi sentenciado que nasceria Um que seria ferido no calcanhar, mas que Ele pisaria a cabeça da serpente (satanás).
Desse momento em diante a cada homem levantado por Deus como luz, como profeta, o diabo estava à espreita, com receio de que fosse o responsável por pisar sua cabeça, até que o anjo do Senhor visitou uma jovem virgem de nome Maria e ela concebeu um menino, e acredito eu, houve uma luz tão intensa que teve demônio pedindo demissão sem cumprir aviso prévio.
Nascia Jesus, nosso Salvador, que veio para cumprir sua obra de redenção através do sacrifício na cruz.
Cheguei até aqui para lhe dizer amados, que antes de Jesus ou sem Jesus somos como a terra no versículo 2 do capítulo 1 de Gênesis, somos sem forma e vazios. Não sem forma fisicamente falando, mas espiritualmente, não vazios fisicamente, mas vazios de VIDA. Paulo diz no capítulo 3 v. 8 de FilipensesE, na verdade, tenho também por perda todas as {coisas}, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo. Paulo considera esterco toda sua busca e seu zelo anteriores a Cristo.
Estamos sem forma, assim como o barro nos mangues, brejos, mas Jesus resolve então ‘trabalhar’ conosco, Ele vê potencial em nós, Ele vê potencial em você. Estima-se que existam mais de duzentas espécies de barro. Então, para que o vaso seja bom, o oleiro tem que escolher muito bem, ele tem que sair a procurar um barro ‘disponível’ para ser usado, e na grande maioria ele vai procurar o barro em lugares extremamente sujos, nojentos. Foi assim com Jesus por nós, Ele nos tirou da sujeira, da imundice, e claro, Ele saiu bastante sujo, sujo de nossos pecados, mas Ele fez isso, porque sabia que aquele barro, muitas vezes fétido, poderia tomar forma de um belo vaso.
Imagine você, o Oleiro Mestre te tomando em seus braços ainda como barro, te colocando em seu ateliê, e começando a pisar no pedal e com suas mãos começar a te formar como vaso da Casa dEle, nos moldando conforme os propósitos dEle para nossas vidas, fortes o bastante para suportar a prova de fogo, já que depois de prontos, os vasos são postos no fogo, mas não para se desfazerem, porque o Oleiro fez vasos que suportassem essa prova, porque essa prova produz, entre outras coisas, paciência – “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência” (Rm 5:3)
Haviam trevas em nossas vidas sem Cristo, e o Espírito pairava ao nosso redor, mas quando deixamos Jesus entrar em nossas vidas ocorre exatamente o que Deus diz no v. 3: Haja luz, e houve Luz. E o Espírito já não pairava ao nosso redor, ou sobre nós, mas agora somos habitação dEle, somos morada do Espírito Santo – Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? (I Co 6:19.
O que era mesmo sem forma e vazio? Ah é, éramos nós. Mas Jesus nos moldou como vaso de honra em Sua morada, e nos preencheu com seu Espírito Santo.
Mas não vamos nos esquecer: vasos de honra, não são criados para ficarem em uma estante acumulando poeira, eles são criados para serem usados.
No nosso caso, para espalhar o evangelho da Salvação, apresentando o Oleiro que se sujou, para nos formar e nos dar VIDA. Assim novas vidas serão formadas.
Cada vaso tem um valor muito grande para Deus.

Waltinho Oliveira
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Mensagem postada no blog antigo em  29/03/2010

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